quarta-feira , 22 março 2023
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São João d’Aliança

Situado no caminho de Brasília para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, São Joao D’ Aliança fica a 105 km antes da entrada do Parque.Rico de natureza, é um ótimo destino para quem quer conhecer as cidades da Chapada.

Devido a um choque intercontinental há milhões de anos atrás um provocou desencadeamento de rochas deixando uma herança natural de vales, mirantes, encostas, morros etrincas,além de mirantes de 440 m com vista panorâmica para o Vale do Paranã.

De características planas,o município de São Joao D’Aliança é cortado pela Serra Geral do Paranãe tem parte de sua área no Vale do Paraná, diferenciando-sedas demais localidades da Chapada dos Veadeiros.

A Chapada dos Veadeiros é dividida em três grupos de rochas: Paranoá, Bambuí e Araí, que permitem altitudes que variam entre 600 m a 1.200 m. São João d’Aliança está situado nas dobraduras do Grupo Paranoá que corta Brasília até Alto Paraíso de Goiás.

Sua divisa àleste do município é feita pelo Rio Paranã, recebendo seus afluentes que se juntam mais adiante formando a Bacia do Tocantins. Ao sul está Brasília, no Planalto Central, onde nascem as Águas Emendadas, formadoras de três das cinco importantes bacias hidrográficas brasileiras. Este lugar, que já foi chamado de Olhos d’Água, é repleto de nascentes, águas que saem de São João d’Aliança e se espalham pelo Brasil.

A divisa oeste do município é feita pelo Rio das Brancas ou Rio Capetinga, que juntamente com o Rio Tocantinzinho fazem o abastecimento da cidade. O Rio Tocantinzinho é nascente do Rio Tocantins, que adiante formama Lagoa Serra da Mesa (5º maior lago do Brasil).

Características Ambientais

Clima:São João d’Aliança possui um clima ameno, com poucas variações de temperatura, entre 15°C e 28°C. Região intercalada por períodos de chuvas bem definidos entre outubro e maio e de seca entre junho e setembro.Em decorrência desses períodos bem definidos, a umidade relativa do ar possui extremos entre 13% e 100%, dependendo do período do ano. A visibilidade é límpida no período chuvoso e levemente embaçada no período seco.

Fauna:Com a fauna da Chapada dos Veadeiros é possível avistar diversas espécies silvestres, desde pequenos roedores até a onça pintada.

Avifauna:avifauna é abastada, que varia do menor pica-pau do mundo à emas livres e soltas.

Flora:A vegetação do municípioé o Cerrado, com formações florestais, savânicas e campestres. Enriquecido com onze fisionomias diferentes queformam uma união misteriosa e envolvente, que permite a existência de mais de dez mil espécies de plantas que servem de alimento, madeira e fonte de remédios fitoterápicos. Possui uma faixa significativa do Cerrado nos despenhadeiros da Serra Geral do Paraná que é pré-amazônica, senso então uma importante área de transição entre tipologias diferentes de vegetação.

História

Parte de sua história já pode ser interpretada a partir do nome. O primeiro registro oficial de São João d’Aliança é de 1910. Consta que o povoado possuía duas casas e uma capela dedicada a São João Batista. Pertencia ao Município do Forte e se chamava Capetinga, palavra de origem tupi-guarani, que segundo moradores possui o significado de “água branca” ou “águas claras”. Mais tarde, em homenagem ao padroeiro São João Batista, o povoado passou a chamar-se São João da Capetinga.

Entre 11 e 20 de setembro de 1926 a Coluna Prestes atravessou o município, passando por trilhas cavaleiras com uma comitiva de políticos, e por ser este local ponto de apoio da Aliança Liberal, o nome do município foi modificado.Em 22 de abril de 1931, o povoado foi elevado à categoria de vila e denominado São João d’Aliança. O município foi extinto em 1939, quando passou a ser distrito do município de Formosa, e apenas quinze anos depois, em 1º de outubro de 1953, foi novamente elevado à categoria de município.

A cultura do povo de São João d’Aliança é derivada de três histórias;do distrito do Forte, vila localizada ao pé da Serra Geral do Paranã, vem a história de uma comunidade negra, provavelmente remanescente de quilombos. E outra história de origem europeia quese passou no século XVIII.
No século XIX, com a abolição da escravatura o governo ainda mantinhasuas estruturas de poder baseadas no coronelismo dos grandes fazendeiros e nos tecnoburocratasdas cidades. As famílias Chrisóstomo, Fernandes, Souza e Carmo eram poderosos na região.

As terras pertenciam à Fazenda Olhos d’Água, rodeada de nascentes, foi cedida parte das terras para a construção de uma paróquia, surgiu então a vila, chamada inicialmente de Vila Olhos d’Água, que hoje atende por São João d’Aliança.

Foram os interesses políticos que fizeram com que, em 1930, a sede do município fosse transferida do Forte, no Vale do Paranã, para a Vila Olhos d’Água, na Chapada dos Veadeiros.

As matrizes polonesa e africana, juntamente com a disputa de poder entre coronéis da região, constituem o arranjo cultural de São João d’Aliança.
Cultura

A cultura são-joanense emprega características típicas devido à grandes períodos de isolamento. Seus costumes foram compostos ao longo do tempo com características ruralistas, miscigenada por índios, negros e brancos poloneses. Dessa mistura nasceu a religiosidade e danças folclóricas, tais como: curraleira, lundu, catira, sapateados. Trovas, versos, poesias, rezas, ladainhas em latim e festas religiosas(Caçada da Rainha, Santo Reis, São Sebastião, Nossa Senhora do Rosário, Romaria Nossa Senhora da Abadia do Muquém, Nossa Senhora dos Verdes, Santa Luzia, Divino Espírito Santo, Divino Pai Eterno) também compõem a cultura do município.O calendário às vezes é ajustado às datas comemorativas nacionais.Das raízes culturais nasceram muitos artistas, poetas, trovadores, repentistas, contadores de causo, pintores, escultores, raizeiros fitoterápicos, parteiras, rezadeiras, benzedeiros e outros.

Economia

A exploração de manganês até os anos noventa carregou da região milhares de toneladas de minério de ferro para abastecer siderúrgicas em Minas Gerais e São Paulo, mantendo a economia do município aquecida.

Com grande espaço de Cerrado aberto, dois pilares importantes se levantam na parte econômica: a pecuária (gado de corte) e a monocultura de grãos como soja e milho, seguido de feijão irrigado. Com o agronegócio, o município de São João d’Aliança passa a se tornar um importante celeiro de alimento e renda. O comércio da cidade também apresenta melhoras, gerando empregos e mantendo certo equilíbrio na economia.

Turismo

Com grande potencial natural, o município chamado de ‘’Portal da Chapada’’ é favorecido devido integração com a Chapada dos Veadeiros e a proximidade de Brasília, o turismo, ainda que emergente e tímido, começa dar sinais positivos de que um grande braço se levanta em favor de ganhos econômicos e ambientais.

Localização:Situado no caminho de Brasília para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, São Joao D’ Aliança fica a 105 km antes da entrada do Parque.O principal acesso à cidade se dá por meio da BR-020, saindo de Brasília sentido Planaltina. No trevo para Formosa, vira-se à esquerda na DF-345 até a fronteira com Goiás, onde a estrada passa a se chamar GO-118 ou BR-010 (Rodovia Belém-Brasília).É o Primeiro município da Chapada dos Veadeiros.

Lá:A cidade possui um Centro de Atendimento ao Turista, uma associação de guias e uma agência de ecoturismo, mas sofre com a necessidade de melhorias em termos de pousadas e restaurantes.

Desvantagem:Turistas tem dificuldades devido à falta de informação e asmanutençõesde acesso às cachoeiras (recomenda-se estudar roteiros).

Principais pontos ecoturísticos:

Cachoeira das Andorinhas
Percurso:Localizada região do Córrego Rodeador, na Serra Geral do Paranã, a Cachoeira das Andorinhas fica à 26 km da sede de São João d’Aliança, sendo 10 km de trecho pavimentado e 12 km de trecho não pavimentado além de uma trilha de 4 km, às vezes escorregadia, cuja caminhada leva, em média, uma hora para se realizar, com nível médio de dificuldade.

Recompensa: A queda possui grande beleza e, em determinadas épocas do ano, as andorinhas, com seus ninhos por detrás da queda d’água, atravessam a cachoeira e a sobrevoam, justificando seu nome.Há um poço ideal para o banho na parte superior da cachoeira, antes da queda. De lá, à 997 m de altitude em relação ao nível do mar, destaca-se uma linda vista.

Cachoeira São Cristóvão
Também conhecida como Cachoeira do Pastor, está localizada na região do Chico do Morro, na Serra Geral do Paranã.
Percurso:O acesso se dá por via não pavimentada, 14 km distante da sede de São João d’Aliança.

Córrego Veadeiros
Percurso:Do rancho para as cachoeiras do Córrego Veadeiros há uma pequena trilha interna de 800 m, que é realizada em cerca de 30 minutos, com nível médio de dificuldade.

Recompensa:Possui duas quedas d’água, uma com 33 m e outra com 55 m. É possível tomar banho no poço da primeira queda. Alguns metros adiante, justamente onde começa a segunda queda, tem-se um belo mirante do Vale do Paranã.No rancho são servidas refeições típicas da culinária goiana feitas em fogão à lenha, ideal para arrematar um dia de caminhada.

Cachoeiras São Pedro

Localizadas na Fazenda Bela Vista, no Vale do São Pedro, na Serra Geral do Paranã, estas cachoeiras fazem parte da microbacia do córrego São Pedro.
Percurso:São 19 km de trecho não-pavimentado até a trilha para a Cachoeira São Pedro I, são 1,5 km de trilha, que leva em média 40 min para serem feitos.

Para a cachoeira São Pedro II (de 37 m de altura), a trilha tem 2 km, que levam em média 1h de caminhada para serem completados, e tem um trecho com alto grau de dificuldade.

Cachoeira do Label

A cachoeira do Label localizada na Serra Geral do Paranã e é formada pelo córrego Extrema.

Percurso:O acesso é feito por 26 km de carro na estrada municipal não pavimentada. A trilha interna tem 2,5 km com médio grau de dificuldade. Há um rancho e área de camping para quem quiser pernoitar em barracas ou redes

Recompensa:A cachoeira do Label é a mais alta cachoeira do município, com aproximadamente 120 m de altura é uma linda queda d água.
Cachoeira do Cantinho

Percurso:localizada a uma distância de 45 km da cidade, sendo 2 km de asfalto e 43 km de terra. É feita uma caminhada de 1 hora em trilha com médio grau de dificuldade.

Recompensa:O Cantinho é a cachoeira com o maior volume de água, e um dos poços mais fundos do município. A cachoeira do Cantinho, com seus 30 m de altura, despenca entre as rochas e forma um acortinado de beleza ímpar escolhendo o rio Cachoeirinha como seu leito eterno.
Balanço do Mário

Percurso:Perto de São João d’Aliança, a apenas 10 km de asfalto, 1,2 km de terra e 100 m de trilha.

Recompensa:Balanço do Mário tem banheiro, comida e rancho de apoio. O balanço e o trampolim ficam sobre o Rio das Brancas, onde com medo, coragem e determinação, o visitante se lança num frenesi, passando momentos inesquecíveis.

Bocaina do Farias

Também conhecida como Buraco do Farias (ou Cânion do Farias pelos praticantes do canionismo), a região leva o nome de dois rios que ali nascem: Faria e Farinha.

Percurso:Localizada a uma distância de 65 km da sede do município de São João d’Aliança, sendo 35 km pavimentados e 30 km em estradas de terra. Depois do trajeto de carro, caminha-se em uma trilha de aproximadamente 6 km, com médio grau de dificuldade e alguns trechos bastante íngremes.
Recompensa: É uma área peculiar da Serra Geral do Paranã, abrigando cachoeiras, canyons, rios e piscinas naturais.

Fazenda Boa Esperança

Percurso:Localiza-se na Serra Geral do Paranã, ao norte do córrego Extrema, distante 25 km da sede do município de São João d’Aliança. Para chegar até a fazenda é necessário cavalgar por aproximadamente 6 horas, em um caminho muito acidentado que corta a Serra Geral.

Recompensas:O esforço é recompensado quando se chega à fazenda onde estão localizadas três cachoeiras espetaculares. A primeira leva o nome da fazenda e se encontra a aproximadamente 20 minutos de caminhada da sede da propriedade. Tem 10 m de queda d’água e é extremamente bela e intocada.
A segunda queda d’água se chama Cachoeira do Quintal, tem por volta de 8 m de altura e é um ótimo local para se refrescar sem ter que se deslocar muito. A terceira cachoeira, intitulada Véu de Noiva, é a maior delas, com 72 m de altura e duas quedas d’água, uma ao lado da outra.

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